quarta-feira, 27 de agosto de 2008


Pessoas interessantes – Ensaio I.
indagando o próprio.

Boa parte da sua minha vida, está rodeada de pessoas. - Leia-se pessoas interessantes.
Numa das tantas rodeadas você percebe nos amigos que conversam, o passar das horas. Você nota que há horas, estão dizendo a mesma coisa, só que com palavras diferentes. Quando não têm o que dizer, falam de problemas. Percebe nas outras vezes, o mesmo. Os assuntos giram, giram e param no mesmo lugar. O encontro tinha graça, mas nem tanto.
Uma outra vez e novamente vinham os mesmos assuntos. - Só que agora o encontro não tem mais graça. Prestar atenção nisso, parece que fez algo lá de dentro remexer buscando encontrar uma pitada de novidade. Mais graça, mais força, mais conteúdo. - Literalmente um cutucão no tico e teco. Uma necessidade de engendrar estímulo. De fazer com os outros pensem mais pra falar e que falem o que ainda não haviam pensado em dizer. De transformar a energia do lugar, no contágio que transmite quem a tem. Vindo a instalar ali, uma nova ordem, um novo comportamento e um novo vício. O vício de ser interessante.
O interessante modo de viciar as pessoas. A graciosa forma de deixá-las viciadas em você.
O interessante é que quando se faz isso, é perceptível uma mudança imediata no rumo da prosa e no comportamento de.
Uma nova vontade se desperta e faz coisas acontecerem. - Partindo dali pra uma melhor.
O critério vem e aumenta, até que não se possa mais continuar com tolices, ou suportar tolimentos. Você sabe como é, já está acostumado com ele...
Um humor muito do bom, gratuito e inteligente é capaz de fazer qualquer um rir. Um sarcasmo indireto nas objeções incitando que o mais mudo, fale. O mais tímido se solte e que ninguém se reprima. - O piorzinho a gente dá logo um jeito e " canta pra subir".
Você pensa que não, mas as pessoas em volta, reparam em gente que sabe fazer gente rir. Você tumultua um pouco, deixa as pessoas brigando pra falar, e o que as outras ouvem de perto ou de longe parece ser tão interessante que sentem vontade de sentar junto à mesa e participar. - Já reparou nisso?
De repente você olha pro lado e nota que o pessoal ali da outra mesa até parou de falar pra escutar vocês.
Um tempinho depois, vocês levantam e vão embora deixando o lugar. Tudo ali fica quieto e silencioso como se tivessem arrancado a graça do ar, tomado emprestado sem devolver. E você só pôde dar conta disso, porque esqueceu seu isqueiro em cima da mesa e voltou pra pegar.
Está todo mundo te olhando.... A graça fica sem devolução, porque você tem de levá-la pra outro lugar e transmití-la aos outros... pede desculpa a si mesmo. - Que culpa você tem?
É como quando não dão nada pra uma barraquinha de sorvetes e você fica ali chupando picolé conversando com o vendedor, dali cinco minutos a barraca ta cheia.
É como quando você vai numa livraria e naquela sessão só está você, e ai vai lendo, lendo... até que nota mais uns oito que apareceram do seu lado. É como quando você adota um vira-lata que se dá tão bem com todo mundo que logo aparecem os seguidores da tal façanha.
AH não, não pense que as pessoas interessantes querem ser notadas ou chamar a atenção.
Ao contrário, elas sabem que quem vier, vai saber à que veio. - será que vão saber mesmo?
Elas sabem que te surpreenderão. E sabem que os também interessantes hão de encontrá-las e também surpreendê-las.
As pessoas interessantes são interessantes porque são. Olha que notícia boa.
Encontraram esse diferencial com a vida. Uma atitude pessoal e interna que está nas entranhas. Essa coisa de ir de encontro com o ousado, com o conhecimento, o inesperado, a aventura, o mistério, a criação, com o interesse pela mente do outro, com a observação que fazem dos outros se comportando.
São interessadas com a vida. Expulsam na primeira estância o tédio e as reclamações.
Passam longe de ferir o outro pra se auto-afirmar. Passam correndo dos passatempos superficiais. Intrigas, fofocas e consumismo excessivo.
E quando você se depara com esse tipo de gente, jamais sai ileso. Nunca volta pra casa o mesmo. Há uma abertura e simplicidade que propicia um diálogo competente e confiante. Sem que você perceba já está ali abrindo a sua vida. Já está ali querendo ficar... - querendo ficar é ótimo.
E os efeitos vão ficando prazerosos. E aquilo vai te inspirando... e um clarão vai-se abrindo na sua frente. - É como ver Deus...rsrs
Como elas vivem, e o que elas fazem? - Aí já é uma questão de gosto e habilidades pessoais.
As pessoas interessantes namoram? Namoram. - Mas não se casam logo. Elas têm muita energia e vigor e sabem que não podem sustentar por muito tempo sua generosidade à uma só pessoa. Não podem perder de vista outras tantas possibilidades. Não conseguem se sentirem presas ou limitadas. Não se sentem livre o bastante sabendo que um outro depende delas. Seu reflexo é comunitário. Sua presença notável não pode podar à ninguém. Não suportariam cobranças indesejáveis, ciúme fora de hora e obrigações articuladas.
- Mas é preciso saber separar as coisas, o
interessante se juntaria a um parceiro igual ou tão mais interessante que ele, sem dúvida nenhuma.
É como se pertencessem a uma classe da sociedade que clama para que ela cresça e transforme-se numa maioria. - Uma maioria de qualidade.
É como se esbarrassem na classe dos intelectuais. - Só que um pouco mais descolados e um pouco menos blasé.
As pessoas mais interessantes que conheço são artistas da vida real. E por aí vão fazendo suas artes. Músicos, cineastas, neurologistas, psicólogos, publicitários, psiquiatras, atores, economistas, escritores, empresários, biólogos, cientistas. - mm mas eu não conheço nenhum biólogo nem cientista.
Uma pessoa não precisa ser famosa pra ser interessante. - Uma pessoa não precisa ser bonita pra ser interessante. Uma pessoa não precisa ser superior a você pra ser chamada de interessante.
Estou falando de gente que influencia. Estou falando de energia. Estou falando de gente que mexe com a cabeça da gente. Não estou falando de um ou outro que aparece e conta algo inusitado sobre a sua vida. Estou falando de quem pensa. - Por si e pelos outros.
De quem pensa na humanidade, no futuro das outras gerações. Na educação. Não falo de quem está pensando em seu próprio umbigo e aumentando sua conta bancária ou domina apenas o seu próprio assunto e idioma. Falo de quem interage, de quem procura numa conversa, entrar no seu mundo e pôr-se no seu lugar.
- Sentir suas necessidades com uma sensibilidade que te toca.
Ter a perspicácia de entender o que está por detrás das entrelinhas. Te passa a sensação de que não conseguirá enganá-la por muito tempo. Te passa a impressão de ser inteligente. - E é.
Te passa a impressão de te conhecer há muito tempo.
Conversa olhando nos olhos. - Te escuta.
Não está preocupada com o desconforto que está sentindo naquela cadeira dura, ao te ouvir. - Está interessada em você.
Mas não é fácil despertar o interesse de uma pessoa interessante. Porque ela tem outros interesses maiores do que perdê-los com muito pouco. Você não é pouco. - Não seja pouco.
Não seja raso. - Preencha esse vazio.
Por essas e por outras, se tiver gente correndo de você, preste atenção.
- Se tiver muita gente na sua cola, preste também muita atenção.
As pessoas “sugam” quem tem pra dar. Não despenda sua energia com qualquer Zé mane da esquina. Nem deixe os outros te explorarem demasiadamente, nas horas vagas.
Ta pensando que é fácil ser assim? - É trabalhoso, mas muito interessante....
Não se sinta intimidado por eles... - é ... é dos interessantes que estou falando.
Eles podem te avaliar num primeiro momento, te estranhar num segundo.. - E você também pode fazer o mesmo. Mas é que eles buscam sempre saber onde você quer chegar, qual é o seu objetivo. E no entanto, só vão ajudá-lo a chegar mais rápido e próximo de onde você quer ir.
Mas parar... Parar nunca. Não podemos parar, - não podemos parar, o mundo precisa de pessoas assim e elas não podem parar.
E sabe do que mais, elas não estão por toda a parte, então fique ligado. - Ela pode estar bem ao seu lado.
- pode ser o seu alterego, Já pensou nisso?
E você ai, também é assim?
Comece agora, a ser cada vez mais, interessante.

Sinônimos e antônimos>
Cativante, agradável, encantador, envolvente, significativo, rentável, curioso.
<>

quarta-feira, 13 de agosto de 2008


Um debate- que bate

Reuniram-se amigos, como quem não quer nada. Num consenso geral, queriam era sentar num lugar aconchegante. Ir comendo devagar, deixar o tempo vir e instalar-se. O lugar estava ali, ao lado do morro da urca. Um lugar sem ocupantes é apenas um lugar. Ao lado de dentro, o local parecia mais intimista. Se todos fumam, uma mesa ao lado de fora é o que iam precisar. Que sentido teria, levantar da mesa, de hora em hora pra baforar... e lá estava a mesa que em questão de minutos, ocuparam. E pra começar pediram vinhos. A tarde foi longa e foram vários vinhos. E desta vez, em especial, o "família borges"- indicação do somelier do Zozo, emociona. Pediram também uma entrada e depois deixaram o cardápio de molho pra estímulo do paladar. Feitio simples e corriqueiro quando o combinado trata-se de sair pra jantar, almoçar ou passar o fim de tarde ao ar livre num lugar como este. Nem todos os domingos, sábados ou quinta-feiras os vinhos emocionam. Quanto mais os integrantes. Não deveria ser raro, sentar pra papear de verdade com interlocutores assim, dispostos. Ou, se tirando a palavra dispostos e colocando naturalmente pré-dispostas a gente vê no que dá: na mesma. Quem tem o que exprimir, não precisa ser esprimido. As vozes vão saindo da guela como quem tem as papas da língua afiadas. Tornar o conhecimento pessoal, alvo de profundas iniciações arrazoadoras faz com que as confabulações incessem. Coexistir em grupos de entendimentos mútuos e emergir no universo cultural que nos rodeia, relacionam a arte de comunicar com a arte de evoluir, dos integrantes. Um "dna" que está enraizado e expulsa de dentro pra fora, sensatez viril. Discursos nada cansativos fazem uma radiografia geral dos comportamentos massificados. Observadores convictos a olho nu, comprovam codificações habituais de escasso conteúdo. Num diálogo sisudo. Chegam até a brigar pra falar, repetidas vezes. Coisas que assuntos estimulantes produzem. Falam por cima, falam pelo meio, até que alguém põe ordem. - Cada um que fale de uma vez. E a discussão volta de onde parou, sem parar. Provocando por instantes, conflitos inevitáveis. Mas sempre numa atmosfera em busca de compreensão. Sendo preciso até que os cotovelos falem, e os dedos apontem falhas, e preconceitos surtam efeitos, e provocam olhares desconcertantes pra uma mesma ideologia. E vêm em bandos. E os Elogios saem das bocas rapidamente, como que num piscar de olhos. E tomam o momento como sendo divino - e mais um brinde- trazendo a sensação da certeza que se instala, de estar sendo observado ao certo e como Ser, sem pedidos ou justificativas necessárias. Mas que acabam sendo dadas, gratuitamente. E falam sobre o que sentem sem a malícia de interesses escassos. E sabem o que querem dizer, ausente de auto-afirmação. Fazendo este pensamento chegar: "Não dá pra falar por falar"... artimanha sem nexo da maioria... "E não dá pra sentir por sentir", Sentimento é tato, apuração, provocação, estímulo visual, carnal, intelectual, emocional. Até pra cutucar o que está desprovido de emoção é preciso fazer sentir. "E não dá pra fazer por fazer", ideologias descomunais.

Contudo, interagir sem cabeça pensada, traz leveza `a alma. E provoca uma série de alterações no SNC. Muitas vezes o homem, fechado a si mesmo se perde em suas pressuposições mentais neurotizantes. O que pode te devorar e te fazer justificar a si mesmo. Indo um pouco mais adiante na exaustão de debates mirabolantes sobre o juízo, a razão, a conexão, a emoção, o sexo, a culpa, a educação, a liberdade que nos permite estarmos mais adequados à nossa colocação no mundo, e estando então mais ligados ao que buscamos, a nossa essência. Vamos assim nos conhecendo mais nesses debates, com a cumplicidade e sensação de estar sendo devolvido ao cerne a todo instante. Interligados, as opiniões que divergem e convergem entre si, ocorrem numa dimensão mais incitada e fez e faz com que esses amigos, sintam-se pertencentes à uma pequena parcela de pensantes e ocupantes de uma sociedade. E não cansam de prosperar a linguagem que conhecem, porque conseguiram encontrar formas de canalizar cada qual, com o seu instrumento . Alguns fazem música. Outros escrevem livros, filmam, atuam, pintam, bordam e encontram enfim, em sua arte sua forma de pertencer. Ocupados assim, em fazer uma escrúpula diferença, em suas peculiaridades. E batem de cara com o descaramento com que somos "roubados" de nós para a rasura da corrupção e do consumismo. Por poder, ou ambição demais de uma humanidade já entregue às regras desregradas. Entregue à tecnologia demasiadamente presente em nosso tempo. Que faz com que a rapidez que a vida digital, por exemplo - esta não deixa de ser fundamental - vai nos distanciando uns dos outros. E fica cada vez mais visível que no mundo onde o tato, o tradicional, a troca, a oportunidade existe, os que nele já estão, demarcaram seu território e dali não querem sair. Mas também não deixam ninguém entrar. Em sumo, vejo nisso de forma generalizada, insegurança, egoísmo e falta de ajuste. Por parte dos que já aprenderam e não querem ensinar. É preciso rever o comportamento e a relação profissional e pessoal que construímos entre nós. Até para ser um bom "conhecedor" é bom que os arranjos da sabedoria e da dignidade estejam harmonizados frente à face casca grossa, maqueavélica que com joguinho de cintura e jeitinho brasileiro batem pernas nos bastidores enguiçados que existem por aí crente que estão abafando. Onde qualquer peixinho fora d´água recém- chegado e que pareça estar sedento de conhecimento seja visto como ameaça. Utópico e inóspito demais para pertencer? creio que não seja essa a indagação ideal em meio a tantas outras atribuições positivas...

Seguimos assistindo ínfimamente, aos arredores, pessoas que estão em todos os lugares mas ao mesmo tempo em nenhum deles. Enquanto estivermos submersos e agarrados aos valores culturais, muitas vezes substimados, e entregues ao sistema, a tarefa vai parecer árdua e meticulosa, e muito razoável. E não estamos buscando o razoável. Nem que pra isso, você tenha que enfrentar, sem durrubar, uma grande maioria de "insetos". O ser humano deixa de ser mamífero na atual conjuntura, para ser inseto. E é por essas e por outras "demarcações" que vem à vontade de não parar de escrever, filosofar, trocar, transgredir e tentar colocar em prática a interna certeza de que existe um modo de não valorizar parasitas, nem mamadores de tetas, ou "condicionados", mas gente de verdade. Gente que passa, sem passar por passar. Que te agrega, que te arranca do seu mundindo particular pouco explorado e te põe à frente de suas amarras afim de soltá-lo da prisão de si mesmo e dessa corrupção social que nos distrae.
Assim, o grupo de amigos passa a tarde toda fazendo o que sabem fazer bem: existir. Porque não somente os vinhos assim como a cucina emocionam, mas a notícia boa aparece: há uma forma de existir que faz jus à essas "mentes perigosas". E olha que estamos bem no meio do "tiroteio" e na cidade maravilosa.

-Papo de apoio em " tranquilamente perturbados pelo lixo da sociedade corrompida".

quarta-feira, 16 de julho de 2008


Greg explica:

Quando um cara está afim de você ele demonstra isso. Ele telefona, aparece, quer conhecer seus amigos, não consegue manter os olhos e as mãos longe de você. E quando chega a hora do sexo, fica mais que satisfeito. Eles não gostam de ter que dizer na sua cara “ você não é a mulher certa pra mim”. Demonstramos isso claramente, o tempo todo. Se ele não te telefona quando diz que vai telefonar, não deixa claro que estão namorando, pare de inventar desculpas: ele simplesmente não está afim de você.
Os homens acham muito gratificante conseguir o que querem. Se queremos você, vamos encontrá-la.
Se realmente estamos afim de alguém, não conseguimos evitar, queremos sempre mais.
Não deixe que ele faça VOCE convidá-lo pra sair. Quando os homens a desejam, eles fazem todo o trabalho.
A maioria dos homens gosta de conquistar a mulher. Gostamos de saber que somos capazes de pegá-la. E nos sentimos recompensados quando conseguimos. Especialmente quando a caçada é demorada. Vocês mulheres devem nos tratar como somos e não como gostariam que fôssemos. Os homens gostam de caçar e as mulheres devem se deixar caçar. Nós somos fantásticas não precisamos perder tempo com conspirações e tramas. Quando o homem convida você pra sair é você quem está no controle.
Os homens não esquecem o quanto gostam de você, por isso largue o telefone.
Se você pode encontrá-lo ele também pode. Se ele quiser encontrá-la, dará um jeito.
Não existe homem ocupado para estar com a mulher que ele está afim. Eles nunca estão ocupados demais para conseguirem o que querem.
Se ele não telefona é porque não está pensando em você. Se ele dá esperanças e depois não cumpre cuidado: ele não vê problema algum em decepcionar você.
Se ele prefere não fazer um pequeno esforço para que você fique mais tranqüila e sempre cria brigas isso quer dizer que ele não respeita seus sentimentos e necessidades.
Você não merece um homem que por exemplo, esteja traumatizado pelo que a ex fez com ele. Pura desculpa! Assim como você também não merece um homem que não fica com você porque acha que não te merece.
Os homens e as mulheres querem se sentir protegidos emocionalmente quando um relacionamento começa a ficar sério. Um homem que realmente está afim de você vai querer você só pra ele. E porque não iria querer????
O medo da intimidade jamais impede alguém de entrar num relacionamento...
E aí vai uma verdade pra quem tem dúvidas quanto à amizade: os homens não se importam de estragar uma amizade com uma mulher, se isso pode realmente significar sexo, seja por meio de uma 'amizade colorida', ou de um namoro sério. Portanto sem química não rola.
Os homens dizem o que estão sentindo mesmo quando você se recusa a escutar ou acreditar neles. Quando dizem: eu não quero ter um relacionamento sério, eles querem dizer, eu não quero um relacionamento sério com você. Não tenho certeza se você é a mulher certa pra mim. Se você não sabe para onde está indo o relacionamento, pode parar no acostamento e perguntar que rumo a coisa esta tomando. Indefinido? Não serve.
Quando os homens gostam de você, eles querem tocar em você o tempo todo. Se um homem não está tentando tirar a sua roupa, ele não está afim de você. Se gosto de você, eu beijo você. E depois fico pensando em como você fica com e sem calcinha. Isso é um cara! É assim que funciona. Ele tem medo de ferir seus sentimentos, por isso não deixou claro se existe um relacionamento? Ele pode até estar deixando o tempo passar com a esperança de vir a ter sentimentos mais profundos por você... Comunicação nunca é má idéia. Os homens nunca tiveram muito afim de uma mulher com quem não quisessem transar.
As pessoas dizem quem são para você o tempo todo... Quando um homem diz que não pode ser monógamo, você deve acreditar nele. Você pode levar mais tempo para encontrar sua auto-estima perdida do que um novo namorado, por isso reavalie suas prioridades.
E falando em poligamia...
Quaisquer que sejam os problemas que vocês têm no relacionamento, nenhum justifica que ele faça sexo com outra. Quando há a traição, acredite a coisa toda foi planejada e executada com o pleno conhecimento de que poderia destruir o seu relacionamento. É importante ter em mente que se ele está indo para cama com outra sem que você saiba ou incentive isso, não está apenas se comportando como um homem que não está afim de você, mas como alguém que nem sequer, gosta de você.
Não namore nenhum homem que não sabe porque faz as coisas. Mentir, enganar, ocultar é exatamente o contrário do comportamento de um homem que está afim de você. Não deixe nenhum homem culpar você pela infidelidade dele, nunca.
Vamos considerar a infidelidade o que realmente é: a traição completa de confiança. Pessoas que traem tem muita coisa para arquitetar, só que essas artimanhas envolvem tempo e o coração de uma outra pessoa. Alguns desses traidores conseguem arrumar desculpas, outros nem se dão ao trabalho, e outros, ainda, chegam até a jogar a culpa na parceira. O importante é descobrir se era isso que você esperava de um relacionamento.
Cem % dos caras entrevistados disseram que nunca foram pra cama acidentalmente com alguém – mas muitos quiseram saber como esse acidente acontecia e como podiam se envolver num deles...
E aqui ainda vai outra dica dada por homens,é claro: um homem não desconsidera uma mulher que transa com ele na primeira noite. Se ele não te procurar de novo é porque, antes, ele já não estava muito a fim de você. Pode crer: o cara resolve, antes de desabotoar seu sutiã, se haverá ou não uma segunda noite. Não foi nada do que você fez ou deixou de fazer que queimou seu filme.
“Você não vai ficar ai, pensando que o fato de você ser essa mulher sensacional, inteligente, cativante, sexy, bonita, interessante é o que faz os homens terem medo de se relacionar com você não é mesmo? Não deveria ser o contrário? Porque você é tudo isso e mais um pouco é que ele deveria estar com você.
A gente pode até continuar querendo tapar o sol com a peneira... Mas o Greg tem toda razão. Não são estas, as opiniões pessoais dele. São informações cabíveis.
E quem tem, sabe. Não se martirize. Se ele não está afim de você, outro vai estar. Se outro não estiver, fique você afim de você mesma.
Se o homem que você quer, não te quer, a culpa não é dele, nem sua.
Se você continua gostando de um homem que não te quer, não é gostar é obsessão e burrice.
Algumas pessoas não toleram a rejeição e por isso querem provar à si mesmas que são capazes de conseguir o que querem, depois que conseguem, bye bye... OU NÃO.
E enquanto não estão conseguindo, se ferem, odeiam mais do que amam, se fecham, colocam a auto-estima em risco.
Quer saber? Não vale a pena. E você vai descobrir que não vale.
Existem muitas pessoas bacanas por ai que merecem sua atenção, seu diálogo, sua energia, seu corpinho e sua mente... em pleno vapor ...
É fácil encontrar subterfúgios. Basta você não querer mais endeusar a pessoa. Repare bem que você tem o poder de dar “poder” às pessoas. E quando não as quer mais, você deixa de dar. É simples. E aquilo perde a força que teria e se desfaz.
Não existe nenhuma conspiração contra você. Nenhuma situação é a mesma sempre. Nada permanece estático. Muito menos você.
E o mundo vai girar, como já gira, e você vai se ver muitas vezes em equilíbrio...
Até que um dia você vai constatar, vai olhar à sua volta, se lembrar do Greg e dizer: ele simplesmente está afim de mim! E numa dessas, eu torço para que você, também esteja afim dele...”

Trechos do livro Ele simplesmente não está afim de você, escrito pelos roteiristas de Sex and the City, Greg Behrendt e Liz Tuccillo.
Finalizo apenas com o texto entre aspas " ".

terça-feira, 15 de julho de 2008


Um brinde as humanas, biológicas e exatas áreas de nossas vidas

E falando em pessoas especiais que te levam a pessoas extraordinárias e a lugares excepcionais....
Você pode reparar,
Quando você cresceu, fez amigos no jardim da infância, que por serem da mesma idade, seguiram o mesmo percurso de formação até o colegial. No segundo grau, os colegas se separaram. Hora de decidir o futuro promissor. As escolhas são vastas e diferentemente loucas.
Humanas. Biológicas. Exatas...
Ironia do destino ou não,
Uma idade chata, que como todos sabem, é despreparada. Achamos que sabemos de nós e do mundo o que achamos que do mundo conhecemos. Sem ter o conhecimento do mundo e sua capacidade de emergir dentro dele....com uma função, digamos, específica. O adolescente, sofre, se confunde, se revolta, se oprime, chama a atenção e segue...
Humanamente seguindo a moral, "biologicamente" a ética e os valores, exatamente como aprendeu nos princípios.
Mas acontece que alguns, passaram. Saíram de casa, moraram longe, passaram na federal de outro estado, ficaram na particular ao lado de casa, aproveitaram a casa dos avós na cidade onde existe aquela universidade bacana.. foram pra casa da tia na Suíça. Estudaram de frente pra praia naquele campus em Santa Catarina. Saíram do colegial e foram fazer intercâmbio. Preferiram direito, medicina, arquitetura, odonto, engenharia.
Os que ainda não sabiam se estudar era uma boa, partiram pra comunicação, artes cênicas, gastronomia, turismo/ hotelaria....
E aí vieram as pós. Os mestres, Os doutores. Como se já não soubessem que isto viria.
E começaram a entender que a vida adulta requer sacrifícios, obrigações, compromissos e contas a pagar.
E que é preciso estudar até para ser gente, ou não.
É preciso ler. Se interar. Interagir, ou não?
E achavam que ser chato, era não ser adulto.
Os amigos que acompanharam suas espinhas, os cabelos do peito crescendo, a barba por fazer, o primeiro sutiã e os carros que ganharam aos dezoito anos, se espalharam. Estão em toda parte. Conquistando território, aplausos, defendendo teses, ganhando prêmios, crescendo, aprendendo, ensinando e aparecendo...

Bom seria dar uma caminhada pela praia e encontrar com o Raphael, aquele professor.
Mas você foi pra casa de um amigo novo e lá estava a Fernanda... colega do colégio...
Na festa de casamento do Guillherme, semana passada, deu de cara com a Larissa amiga de uma amiga sua, está casada, sem filhos. E conversando com ela, acabou descobrindo que o João da oitava série é um executivo famoso e que a mulher dele é atriz e faz sucesso em Los Angeles. E aquele seu primeiro amor do segundo colegial, toca guitarra com os The Strokes e freqüenta a casa da Kate Moss.
Aí depois vem o seu irmão que passou a vida inteira com os mesmos contatos e só foi conseguir o
emprego atual por indicação de um colombiano que ele conheceu fazendo pós. E no emprego conheceu a atual namorada. E o carro que comprou da namorada do colombiano é hoje, o carro do pai dele.
E só veio a fazer a pós porque a prima dele,teve uma proposta no Rio pra ganhar em dólar escrevendo novelas mexicanas. Mas acabou na ouvidoria da presidência de um órgão público, porque o presidente era amigo da família. E agora ele está em Brasília vigorando a lei seca...

Mas não tem problema o número do teleurca está pregado na geladeira. As garrafas de vinho não vão sossegar tão cedo.

E falando nisso, a galera que sentava no fundo, lá no cursinho, e bebia, hoje dá aulas.
E aquela nerd da primeira fila que não bebia, casou, tem três filhos, virou dona de casa e alcoólatra.
Em meio a contra-regras, o vento levou...
De repente, não mais do que no século XXI surge um site e todos se adicionam, mandam scrapts e daqui a quatro anos, não se fala mais nisso.
Você está conectado com trezentos amigos através de vinte e nove pessoas.
No Rio existem "dezessete", já dizia a ex namorada de uma amiga minha. Que eu tenho no MSN e não converso mais...
E se quiser tomar uma caipirinha conta até "quatorze", vai...como ensinava o amigo dela.
Limão ou morango?
Limão.... já dizia o meu professor de química: “se a vida te der um limão, faça uma limonada”...
E se você achar que é clichê Arthur Schopenhauer te dá uma pista:
“Num espaço infinito, inúmeras esferas luminosas em torno das quais rodam dezenas de outras menores, quentes no centro e cobertas com uma casca dura e fria onde uma névoa originou a vida e os seres conhecidos. Esta é a realidade, o mundo.”
- Do tempo em que eu ainda nem pensava em nascer.

segunda-feira, 14 de julho de 2008


Mirabel 54 - Parte I

No telefone ele dizia pra sair da estação e virar à direita.
Era a primeira naquele bairro, não sabia muito bem qual eram as direções.
Quando se sai de uma estação de metrô em Londres, se tem uma leve impressão de estar perdida. No último dos casos, melhor seguir o fluxo.
Ônibus, pessoas zanzando pra lá e pra cá. Carros. Vitrines. Prédios.
“Estou bem aqui numa lojinha de conveniência, está me vendo”?
Eu não estava me tocando, mas ele estava me vendo agir..- depois, descreveu minhas reações - Eu ainda descordenava. “Vire a direita”. E eu ia pra esquerda. “Não, à direita” ele dizia. E eu pensava, “ como pode ele saber que estou andando em direção à esquerda e não à direita... está me vendo....
Quem é ele? Eu pensava...
Não nos conhecíamos. Ele era quem, ao me conhecer, ia pensar se alugava um quarto em sua casa pra eu morar, ou não.
Impressões. As primeiras são realmente as que ficam? Porque só o que temos é apenas uma leve, simples e superficial idéia de como é a pessoa que estou vendo: bonita, feia... alta, baixa... gorda, magra... burra, inteligente... legal, chata. E outras tantas contradições que imploram uma conclusão - pelo menos nos dez primeiros minutos.
Finalmente o cara do casaco preto e calça jeans me conheceu.
Nos três segundos que antecederam o nosso reconhecimento, ele dizia: “você está de casaco azul e calça jeans”? Quando me dei por conta, uma pessoa parada bem na minha frente, falava ao celular com ar de graça olhando pra mim... e a lojinha de conveniência fazia o fundo.
Desliguei o meu cel, olhei bem pra ele e disse: here i am.
Ali dentro da lojinha compraram coisas para uma festa. Ele estava acompanhado de um amigo, que diga-se de passagem, falava duas palavras e ria, mais quatro e ria...
Naqueles instantes, tive uma leve impressão de que se tratavam de pessoas as quais sinceramente, desejei que fossem meus amigos.
E fomos caminhando pelas ruas do bairro com as sacolas nas mãos cheias de cerveja e salgadinhos tipo rufles.
A casa ficava um pouco afastada da estação. E ali, pensava eu, terei que caminhar um bocado de volta ao bonde. Ao mesmo tempo em que tentava marcar os minutos, queria me concentrar no que eles diziam e causar boa impressão.
Quando a porta da rua Mirabel número 54 se abriu, eles me pediram pra tirar o sapato.
Ao entrar no hall da sala de jantar me deparei com algumas pessoas, um mix de homens e mulheres. De gringos e brasileiros. E ele então, o cara do casaco preto, foi me mostrar os cômodos. Me apaixonei pela sala de estar que posteriormente transformou-se em quarto: dos donos.
Tinha uma lareira linda, sofás de bom gosto. Objetos antigos. Já vinha decorada.
Subindo a escada um quarto. Já locado. No banheiro, uma banheira branca novinha com hidro. mmmm Subindo mais um lancezinho de escada lá estava o quarto vago. Havia mais dois e já estavam locados. Tudo parecia perfeito. Os donos, os amigos dos donos, a casa e o quarto: double. Exatamente o que eu precisava. Sem mais cerimônias ele, o cara do casaco preto e o outro de camiseta vermelha, ou seja, os donos, me disseram: se quiser ficar com o quarto o valor é X. E eu pensei, mas espera ai, eles querem mesmo que eu fique? Ou estão se apressando pra festa?
Em Londres, as pessoas que alugam quartos, costumam fazer entrevistas com os novos inquilinos – é pra sacar se a pessoa vale a pena conviver e confiar, como no filme “ O albergue espanhol”.
E eu ainda tinha pra dar, uma noticia péssima: eu não tinha a quantia para o depósito do quarto.
E ainda tinha minha amiga pra dividir o quarto comigo e aprovar.
Descemos pra sala e conversando a minha resposta foi SIM. E a deles: Welcome.
A festa começou e naquele dia conheci muita gente. Bebi, ri, dancei, ri, bebi, dancei, ri. Não conseguia pensar na hora de ir embora. Não conseguia pensar em outro lugar pra viver. Não conseguia não me apaixonar por aquelas pessoas. E foi assim que tudo começou, na base de um bom fundo musical, com boas bebidas, uma casa e muitas pessoas.
No dia seguinte fui buscar minhas coisas na acomodação do intercâmbio onde eu estava. Imediatamente, avisei a minha amiga que tinha encontrado o lugar certo e que ela gostaria tanto quanto eu. Por sorte, ela confiou no meu gosto e não reivindicou. Ali moramos seis meses consecutivos.
Nesta casa passei os melhores meses da minha vida. Dividimos contas, dividimos emoções, anseios, problemas, soluções, porres, estudo, trabalho, roupa passada, lavada, máquina quebrada, louça na pia, garrafas de vinhos, jantares, almoços, cafés, chás, amigos, amores, entradas, saídas, pessoas que chegavam, pessoas que partiam. Jogos da verdade, da mentira, cultura, valores, viagens. Perdas e ganhos, vassouras, panelas, banhos, cartas, fotos, festas.
A única forma de conhecer verdadeiramente pessoas é convivendo com elas. Sabendo dos seus rostos, gostos, reações, emoções, dúvidas, trejeitos. O modo como fala ao telefone, a porta, como trata os amigos de sempre e como recebe um novo. As mulheres que levam para casa, os homens que você fica. As compras do supermercado. Sua forma de cozinhar, comer, fazer barulho, bagunça ou ler um livro. Hábitos.
Naquela época a gente queria tudo. Vivíamos os dias contendo a diversão no pano de fundo. Contendo no ar a satisfação de sermos jovens. Cúmplices da mesma rotina. De um cotidiano repleto de possibilidades. De lugares surpreendentes a espera de serem ocupados. Costumo dizer que depois dessa época, em que conheci essas pessoas, sair pra rua cumprir tarefas e voltar para casa sabendo quem você vai encontrar, não tem preço.
O melhor de estar na companhia das pessoas certas é saber que você volta pro mesmo lugar onde elas estão. E torna-se viciante. E torna-se cumplicidade, vínculo, envolvimento.
E juntos dividimos o que temos de melhor e pior em nós mesmos. E juntos temos o que conversar sempre. Muito a viver, tudo a compartilhar. E você aprende o valor da partilha, e você aprende a lidar consigo mesmo. E você tem tempo pra pedir desculpas se algo saiu errado. E você tem mais amanhã pra viver o que ficou pra trás hoje.
De uma forma muito simples, porem não superficial eu diria que assim conheci grandes amigos. E assim pude me conhecer um pouco mais. E assim pude ver em mim coisas que são chatas. E pude também perceber que pessoa bacana eu sou. E vi que vale a pena arriscar. Arriscar-se a ir sozinho pra um país estranho mesmo achando que é horrível se sentir estranho, ou sozinho. E não lamentar em nenhum momento que seja caro, despenda de coragem, ousadia, liberdade e força. E que para sempre você conhecerá pessoas que jamais conheceria se não estivesse ali. E que nunca as teria conhecido se não as tivesse conquistado.
E nessa história toda que um dia teve fim, descobri também, o valor da amizade entre homens e mulheres - podemos comprovar isso. Sim, existe. Sem deixarmos de ser bonitas, inteligentes e atraentes. Não deve ter sido fácil pra eles também...Debaixo do mesmo teto então, nem fale. Éramos em sete no começo. Cinco homens. Eu, essa minha amiga- carioca, um sul africano, um francês, um inglês e dois brasucas. E pensam que é fácil ter amigo bonito? E pensam que foi fácil conviver na mesma casa com homens de diferentes culturas e temperamentos?, bonitos, charmosos e inteligentes? Confesso que em determinados momentos, você se rende. Mas se rende de um modo bem interessante. Se rende aos encantos da pessoa, como pessoa. Se rende ao que vê nela, nua e cruamente. Ninguém consegue vestir máscara ou estar sempre bem arrumado com o discurso na ponta da língua, quando mora junto. O mais durão é capaz de mostrar seu jeito desengonçado, sensível e espontâneo. Impossível de algum modo, não se apaixonar vez ou outra. Impossível não ver "pontinhas" de uma falha sua, ou algo que admire nesse outro que ali vive, vendo o seu rosto todos os dias. É óbvio que pelo olhar da mulher, o panorama é mais romântico. Com alguns você acaba por se identificar mais que com outros. Mesmo porque alguns sempre se envolvem mais com você que outros. Mesmo assim, "Flores" e "cravos" são de se entenderem bem. Taí, eu não enjoei.

Mesmo não encontrando hoje, com todos eles e não morando mais junto, você sabe que um dia irá esbarrar nessas pessoas e elas não vão te apresentar para alguém como um simples amigo, e sim como alguém que um dia morou com você. OU seja, te conhece. E não é pouco. Digamos que leva-se uma vida pra conhecer bem alguém, as vezes anos pra conquistar. Mas pouco pra sentir que de mansinho, as pessoas vão entrando no coração da gente. E vão ficando, e vão modificando os espaços internos, justamente naquela lacuna que você achava que não iria ser preenchida. E de repente, vem alguém de seu convívio e puft ... lá está. O que uma pessoa é capaz de transformar a visão que temos, você nem imagina. De um assunto que seja, de uma figura, de uma obra-de-arte, da música, ou dos músculos do corpo.... ahhh lá vai...porque sabe...mexe com os batimentos cardíacos e com a dopamina e por aí vai...
E ainda continuo falando de sentimentos que estão além da presença física e da distância? parece que sim.
E o que essa experiência fez de nós?
O que você constrói de verdade, permanece. O que você planta, você colhe. O que você quer com toda a sua alma, você tem. E pensar que no dia em que conheci o cara de casaco preto e calça jeans na estação, não tinha a mínima idéia de tais alterações na química do meu cérebro e na concepção que faço das pessoas que entram na minha vida, e que eu peço: fique.
E pensar que todas essas pessoas, aquela casa, naquela época e a melhor experiência dos últimos anos, se deram porque um dia, o meu ex namorado “Fabiano”, inventou de morar em Londres e me passou o telefone desse que é hoje, meu melhor amigo. E eu fui...ainda bem que eu fui.

Três anos depois, ou há dois meses atrás, lá estava eu , de visita na casa dele em Porto e ao olhar o seu armário aberto me deparei com o casaco preto e aquela calça jeans e tudo veio à tona, até mesmo o cheiro do antigo perfume que eu usava.
Nada precisei comentar, quis era estar ali mesmo onde eu estava. E assim me veio a necessidade de escrever sobre aquele tempo, agora num outro céu, com praia e sem as cores daquela cidade.

Toda pessoa entra na sua vida por um motivo.
Algumas são tão especiais que te levam a pessoas extraordinárias e a lugares excepcionais.
Estamos todos conectados indiretamente através de "dezessete" pessoas...
Look around you and belive in me.


Algumas partes desse texto foram escritas em 2007 -

quinta-feira, 10 de julho de 2008

E saiu à francesa...

Acontece comigo não sempre, mas acontece. E com o Fabiano foi assim. Alguns homens ao bater o olho eu já sei se bate comigo. Dizem que a lei da atração explica. É algo no ar, o qual não sei com exatidão, como confere uma ordem. Deve estar implícito nos átomos. Na epiderme. É química. E quando bate, bate. Um “bate” para cada um. Com o Fabiano foi. Dois “bates”. Ele se interessou primeiro, eu confesso.
Mas eu gostei dessa estória. E ela começa assim:
Morava em São Paulo. Meus pais, em Minas. Final de semana ia pra onde? Sul de Minas. Num dia, conversando com um amigo que é o ex de uma amiga minha, disse- me ele de um amigo, o qual, precisava me apresentar. E repetiu: você vai gostar.
No final de semana seguinte, em Minas, ele aparece com o tal amigo. Dirigindo pra uma festa, os carros se cruzaram e de dentro do meu, pude ver a cara do amigo, dentro do dele. Percebi que era magro. E narigudo também. Tudo bem, não é que não goste de homens magros, nem narigudos. É que o instante foi curto demais pra aprovar. Quando chegamos à festa, fomos apresentados. Até aí, ok. Um tempo depois, percebi ele me observando de longe. Tinha algo de interessante no jeito dele, mas a princípio, não me atraiu fisicamente.
Eu me lembro bem, estávamos numa turma de amigos posando pra foto quando a câmera imperrou. Naquele momento, me flagrei discutindo com ele por causa da câmera e cismei que na minha mão ela fosse funcionar. Só fui acordar da discussão na hora em que me vi com a boca muito próxima da dele.. Sai dali no mesmo instante. Fui ao toilete e quando voltei, passando de volta por onde estávamos, não havia mais ninguém. Continuei andando, foi aí que escuto um psiu sussurrado vindo da minha direita; era ele sentado sob o balcão de um bar desativado. Bem ali sozinho, mexendo comigo. Como se tivesse intimidade pra me dar “psiu”. Curiosamente fui onde ele estava, pra saber o que vinha depois do psiu. E foi quando ele me deu um abraço de pernas. Daquele momento em diante, eu sabia que ia acabar cedendo. Ele me chamou pra dançar. Fomos pra pista e dançando forró, o cara pisou no meu pé três vezes. Não tinha o remelexo. Então eu quis desistir - isso que nem me amarro em forró- E ele ainda tentando. Mas nada de beijo. Eu olhava pra boca dele e não me imagina beijando-a.
....Isso se dá numa daquelas tentativas que você faz contra si mesmo. Contra a força da gravidade. Contra a química, que se faz presente e você, teimosa, resiste....
Foi tudo tão desastroso que perdi a tarraxa do meu brinco. O que eu mais gostava. Fiquei furiosa. E foi então que ele me puxava pela mão e olhava pra todas as meninas que estavam na pista. Eu sem entender nada. Depois de um tempo paramos pra sentar e descansar. Uma menina se aproximou da gente e foi nessa hora que ele ofereceu à garota uma dose de whisky com energético em troca da tarraxa do brinco dela. Eu já tinha dado por encerrada essa parte, mas ele, não tinha esquecido. E então entendi, porque ele ficava olhando pra todas as meninas que passavam. Feito. A troca foi feita, e já com os brincos no lugar, procurei me concentrar nos lábios dele, a partir de então, passei a gostar daquele sorriso e da maneira como ele me entretia e arrancava de mim, risos, um atrás do outro.
O beijo aconteceu, e adivinhe só, eu gostei.
Até pra minha casa, ele foi. Conheceu minha mãe, jantou camarão na moranga, que ele insistia em chamar de bobó. Eu no cabeleireiro e o cara me ligando... todos no churrasco e ele lá, na porta da minha casa cumprimentando o meu pai e me esperando...
Não entendia tanta insistência da pessoa, ele tinha acabado de me conhecer. Para mim era, só um final de semana.
Quando me dei conta, eu já estava no churrasco com ele e todo mundo. Mais adiante e lá estávamos na festa do clube. Olhei no relógio e eram seis da manhã. Dizer adeus? Imagine...
Já no domingo à noite lá estava eu, me despedindo dele com o coração na mão e dores no maxilar. Eu tendo que voltar pra São Paulo e ele pra BH. Casais de final de semana se separam por um único motivo: a segunda-feira.
Na hora do adeus, só o que pude fazer foi anotar meu telefone com o código zero onze.
Com o telefone na mão, vi que ele discava e se distanciou. No último tchau, ele disse pra quando eu chegasse em casa, que eu acionasse a caixa postal. Senti certo alívio. E um pouco de curiosidade. Pensei nele a noite toda. E também a viagem toda de volta. Quando pisei em casa, a primeira coisa que fiz foi escutar o recado:" Oi gatinha..Não preciso nem dizer quem ta falando porque você já sabe que sou eu... Adorei te conhecer...esse final de semana foi bacana demais, ainda bem que eu vim. Vou sentir saudades de você, a gente tem que se ver de novo, to me sentindo previlegiado por ter te conhecido...beijão...
Achei graça naquilo. Afinal, não é todo dia que você conhece alguém, que te ganha...Ele realmente conseguiu que eu ficasse pensando nele, ficando com o magnetismo no ar...

alguns caras, realmente me impressionam com a segurança que já depositam num relacionamento.
E, a partir desse dia, nos falávamos por telefone todos os dias. Era o que tínhamos, o final de semana em minas pra recordar e o dia-a-dia via embratel pra contar.
Alguns meses depois, não pude mais resistir. Era reveillon, e tive que passar a virada com ele. Lembro-me muito bem que a trilha sonora daquele ano, no auge era " Já sei namorar, já sei beijar de lingua agora só me resta ganhar..." blá blá blá...
Me lembro de ter ido muitas vezes à B.H naquele ano. Tentativa ou erro. O que eu queria era estar perto.
O Fabiano era duro. Não tinha grana pra ir me ver. Bem, era isso o que ele me passava.
Pois é, o jogo vira. Sempre vira. Eu que pensava que tinha sido só um final de semana...
E na minha concepção existe uma força que diz quando você quer, você faz. Você vai ver a pessoa à pé, de bicicleta ou de trem. Divide o aéreo em várias vezes no cartão.
Eu estava apaixonada... e bem, não dava bola pra isso. Fazia o que estivesse ao meu alcance pra estar perto dele. Um dos lados sempre acaba cedendo mais que o outro.Erro ou tentativa, mais uma vez.

E os telefonemas duravam horas a fio, madrugada afora.
Certa vez em que estive em B.H estávamos os dois, caminhando a pé pelas ruas e passamos em frente a um ponto de táxi:
- está vendo aquele ponto de TX ali? Disse o Fabiano. Eu ligava pra você de lá. A caixa do telefone ficava destrancada e eu usava o telefone na cara dura. Sem ninguém ver, lógico.
-Altos interurbanos pra São Paulo! mas também, não era sempre. E ..não me olha com essa cara.
Caramba,eu fiquei ali na hora, chocada.Só pensava calada, enquanto eu gastava horrores de conta telefônica, o Fabiano usava o telefone do taxista! Na hora, nem consegui fazer um comentário rude. Mas isso ficou na minha cabeça...
E não é que num belo dia, estou eu, na casa dos meus pais em Minas, toca o telefone, eu atendo. Do outro lado da linha, uma voz masculina me perguntava “de onde é que está falando?”
- é da casa de quem? Eu não disse, mas perguntei o que era. O homem possesso perguntava se eu conhecia alguém de Belo Horizonte, porque era do ponto de táxi que ele estava falando e tinham diversas ligações na conta do ponto para o meu número. E eu tive que dizer ao taxista que eu não conhecia ninguém de lá.
Depois contei ao Fabiano e acabamos por rir muito dessa estória. Em “contrapartida” - e, adorávamos usar essa palavra - diga-se de passagem, abominei o ocorrido e fui obrigada a ser rude.
Certas atitudes do Fabiano, eu não compreendia. A gente combinava muito mas destoava também. Brigávamos pra falar, pra fazer, pra dançar, pra beber, pra comprar, pra comer... De idéias de girico à empreendimentos mirabolantes. Ele sempre teve uma visão mais prática da vida. E eu, a mais emotiva. Opostos de atraem? Gostava de me entender pelos olhos do Fabiano. Ele enxergava coisas que são muito minhas, sem que eu dissesse. Sempre entretendo, me despertando, me fazendo refletir. O bacana de se relacionar com alguém é isso, é se conhecer cada vez mais com o olhar do outro. A gente quando se relaciona, relaciona-se com a gente mesmo. É uma troca. Até que ela deixe de fluir...

Seu melhor amigo nos dizia: “ dois bicudos não se beijam”...
Isso foi há seis anos atrás. Eu tinha vinte e dois. E ele também.
As demonstrações de afeto, vinham por sinais. Sempre em uma música, ou num filme. Emocionalmente complexo. Porém prático, sincero. Ele sempre me disse todas as verdades, mesmo que doesse.

Consegui tirar um “eu te amo” dele, uma só vez, dito. E uma vez só, escrito. E numa dessas vezes, ele me perguntou: O que é o amor pra você? eu disse o que sentia. Taí, ele disse...então eu já posso dizer que te amo.
Trocávamos presentes sem data comemorativa. Quando eu partia deixava com ele, um objeto meu.

O que ganhei dele uma vez, foi um quadro que era do pai dele. Uma camiseta usada pra eu dormir. E um cd que ele gravou com as músicas que ele mais gostava com a seguinte prescrição: "pra você se lembrar desde o dia em que te abracei com as pernas até hoje"...
Mas o que mais me surpreendia era a forma como ele se comportava quando estava comigo. E como eu me comportava quando estava com ele. O mundo se abria. Por isso a importância de estar perto quando se mora longe.
Ele me deixava inteligentemente boba e à vontade. Ele sabia o que estava por detrás da minha forma de agir e lidava com maestria. Como se lesse meus pensamentos e imediatamente agisse de acordo com eles. E lá estavam, todos os meus desejos concebidos, e romanticamente dizendo, a impressão de termos uma sintonia fora do comum e que o nosso amor estava além de todos. Resultado: sorriso mútuo na cara.
É como todos os apaixonados pensam: “somos invencíveis”.
E só pra completar o discurso de quem ama:
“Ele tinha formas de me olhar que mesmo de roupa, eu me sentia nua.”... Uma vez, me desenhou dormindo. Noutra vez, chorando pra nos despedir eu disse: como sou boba, porque choro? E ele sutilmente: porque isso é bom ... isso que a gente está sentindo é bom... Duramos alguns anos.

Eu voltava a ocupar o posto de distanciamento incontáveis vezes. Acho que me apaixonei por ele umas quinzes vezes. Ele tinha um jeito único de me fazer sentir. Mulher dele. Com ele. Ao lado dele. E era onde eu queria estar.
Ninguém chora à toa. Quando o choro vem, e dessa vez, veio é porque algo vai deixar de existir. E foi a última vez que ficamos juntos de verdade, ele estava indo morar na Inglaterra. E foi. E eu, fiquei.

Todo relacionamento se não é pra ser, tem começo, meio e fim. Todo sentimento nasce, cresce e morre. A não ser que você consiga se apaixonar pela mesma pessoa, muito mais que quinze vezes.
Ficamos vulneráveis. Mudamos de ares. Ficamos cada qual com a sua vida, na vida como ela é. Ele lá e eu aqui, e depois eu lá com ele, mas sem ele.
Outras pessoas chegaram, entraram, saíram. Outros sentimentos melhores vieram. Alguns renovaram foram reconstituídos. Foram tomados por outros.
Mas uma marca bem feita, sempre fica. Sempre resta uma pontinha de um passado bom, cravado na memória. E quando você não quer lembrar, pensa apenas no que aprendeu. Porque todo amor,dói. E demora um tempo pra você ficar pronto de novo. Se abrir. Eu gostei do Fabiano, profundamente. Pela primeira vez, saquei ter encontrado uma pessoa que eu teria o que conversar pra sempre.
A estória era muito prática. Mesmo assim, não esqueci fácil, não deixei de gostar fácil.
O mundo dá voltas, eu sempre pensava... mas com ele, não deu. Senti saudades, milhões de vezes.
A questão é que as pessoas mudam. As coisas mudam. O tempo não pára. O meu tempo não é o mesmo que o seu, que o dele, e....enfim...!
É melhor ser prática pra não ter que escrever mais umas trinta páginas. Sem muitas voltas, FIM>


O nome Fabiano é pseudônimo -
... Ontem mesmo te liguei pra dar Feliz aniversário...disse eu: te desejo o melhor e você disse: "Obrigado,por ter se lembrado, eu mereço".

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Wave.
,
alguém que não precisou de um mínimo esforço pra gostar dela. Ele veio de um outro país mas fala portugues. Toca violino numa banda de Rock. Compõe músicas, é magro, alto, meio desegonçado pra andar, daquele tipo que joga o quadril na frente e faz estilo.
Usa roupas novas. Tem uma camiseta em especial, que ele adora usar. Gosta de tênis, coleciona vários. marcas e cores diferentes. Não tem um estilo próprio é underwear.
seus cabelos estão sempre bagunçados, seja pelo vento ou pelas próprias mãos. Ela previa que um dia era ao lado de um músico que ia ficar. Alma Doce. Não é de muitas palavras, sabe olhar, calcular a distância. a profundidade com que chega e afaga. Nem muito de pegar forte, nem tão pesado que "pega" leve. Deslumbrantemente seus olhos são verdes, é moreno de pele clara. Fala macia, sotaque misturado. É como se ela não precisasse de muito para convencê-lo. E duas coisas ele fazia muito bem: risoto e babaganuschi.Além de claro, fazê-la rir. Quando se conheceram, ele já sabia: "É com ela que eu vou ter que me dar". E quando ela sentiu esse pensamento dele que passou pra ela, ela logo soube: "era pra ele que ela tinha que dar". Em dias, estavam grudados. Conheciam pessoas, lugares, bares, restaurantes, museus... a cada argumento trocado, uma identificação. A cada olhar, uma certeza.
Há tempos não sentia que pelo menos sentido naquilo tudo, havia. Gostavam do mesmo horário do dia. Do prato principal, sem sobremesa. Anéis no dedo. Cigarros da mesma marca. Vinhos. o jeito de falar mexendo as mãos, em especial como quando puxa a cadeira com charme e senta de lado, apóia um braço na cadeira, cruza a perna e fecha um pouco os olhos pra tragar o cigarro. Com ele, ela ficava mais sexy. Mais à vontade, mais mulher, mais menina, mais verdade, menos ego. E uma vontade imensa de passar dela pra ele, e dele passar pra ela. Vontade de seguir adiante. De dar as mãos e conhecer o que ainda falta. O que ainda não foi tocado, percebido, admirado, concebido.
Poucas vezes discutiam. Ele sabia que ela era ela e ele gostava disso. Ela sabia que ele sabia ser ele, e respeitava isso. Adorava ver de perto quem era essa pessoa. E iam-se viciando nesse jogo de trocar. Não tinham sono. Tinham vida. Duas. Uma para cada um descobrir que existia um pouco dela nele, e um pouco dele, nela. E duram anos. E são felizes há meses. E fanfarram dias. Já estavam casados sem cerimonia. Já estavam noivos sem anéis nos dedos com nomes grifados, essa coisa um tanto cafona. Já estavam namorando desde o primeiro dia. Já eram amigos. Já se amavam. Já se conheciam. Se alguém souber de onde, por favor me avise. Mas se não tiver como, não ligo.
Coisas assim, é melhor não saber. O lance bom disso aí, é viver.
Quem disse que ser adulto é fácil

1 - Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim.
Como tudo na vida.

Detesto quando escuto aquela conversa:
'Ah, terminei o namoro. . .
' 'Nossa, de quanto tempo?
''Cinco anos. . . Mas não deu certo. . . acabou
'É não deu. . . 'Claro que deu!
Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
2 - Hoje, no alto dos meus 33 anos e tiozão, não acredito muito em os 'opostos se atraem'. Porque sempre uma parte vai ceder muito e se adaptar demais. E sempre esta é a parte mais insatisfeita.
Acredito mais em quem tem interesses em comum. Se você adora dançar forró, melhor namorar quem também gosta. Se você gosta de cultura italiana, melhor alguém que também goste.
Freqüentar lugares que você gosta ajuda a encontrar pessoas com interesses parecidos com os teus.
A extrovertida e o caretão anti social é complicado e depois, entra naquela questão de ' um querer mudar o outro, ui. . . '.
Pessoas mudam quando querem. E porque querem. E pronto. E demora!
3 - Cama é essencial! Aliás, pele é fundamental. E tem gente que é mais sexual, outras que são mais tranqüilas. O garanhão insaciável e a donzela sensível eu acho meio estranho. Isto causa muitas frustrações e dá - lhe livros de auto ajuda sobre sexo.
Assim como outras coisas, cada um tem um perfil sexual. Cheiro, fantasias, beijo, manias, quanto mais sintonia, melhor.
4 - Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa. Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ele é malhado, mas não é sensível. Às vezes ele é boa companhia, mas não é tolerante.
Tudo nós não temos. Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
5 - Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona. . .Acho que o beijo é importante. . . e se o beijo bate. . . se joga. . . se não bate. . . mais um Martini,por favor. . . e vá dar uma volta.
6 - Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não lute, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos..
Se a pessoa REALMENTE gostar,ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, filho, doença, dinheiro, pressão de família? O legal é alguém que está com você e por você. E vice versa.

Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sozinhos.
Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
7 - Gostar dói.Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte. Você namora outro ser, de outro mundo e outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer. .
.A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear. Nem todo sexo bom é para descartar.
Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim. . . quem disse que ser adulto é fácil?

Recebi este texto ontem, enviado por um amigo. Não sei quem assina.
- Porque será que eu não consigo escrever assim, se também é o que eu penso...rs
Ser incomum

Cala a sua boca
Você não sabe o que esta dizendo
Você me conhece?
Não, acho que nunca te vi antes.
Depois a gente conversa
Isso é você quem ta falando.
Jura por deus?
Quem foi que te disse isso?
Demais, então ta combinado!
Ah, ta entendi.
Vai todo mundo, você não vai?
Eu quase morri de rir...
Disfarcei mas...
Assim não dá.
É isso mesmo que eu vou fazer.
Deixa eu te contar uma coisa...

E quem é que já não disse essas frases antes?
Já pararam pra pensar que a gente acaba usando as mesmas linguagens, e até melhor dizendo, as mesmas gírias, metáforas, conotações e hipérboles.
Pessoas bem humoradas, envolventes no modo como usam os gestos, o discurso e a entonação de voz se expressam de forma diferente. Agem deixando seu rastro sem que nada nem ninguém, possa ser igual. Pelo menos é ASSIM QUE DEVE SER.
Solte sua boca, a linguagem é universal. Deixar as pessoas conhecerem a gente é experiência nova. Há um estimulo em cada sorriso, em cada resposta existe sempre alguém pra quem dar. Você é energicamente especial, sabe como fazer uma pessoa se sentir bem na sua prosa. Um comentário, argumento de tira colo, se não for sarcástico é no mínimo imbecil ou inteligente.
É fácil sacar as pessoas. Elas usam sinais.
Pessoas ligadas em pessoas, entendem mais delas, a ordem e a desordem, a união e desunião, as verdades e mentiras, os achados e os perdidos.
Há os que falam muito e não dizem nada. Os que dizem muito e pouco ouvem. Vamos adequando o nosso ouvido ao nosso “saco” e o temperamento pessoal à forma de experimentar as pessoas na vida.
Bom é quando um assunto emenda no outro. Gostoso é quando um, se identifica no outro. Bem informadas, antenadas, lidas, diferidas, analíticas, pessoas geram polemicas. Perde quem sai do argumento.
Retraídas, reprimidas, introvertidas, observadoras, algumas ficam de canto na sala só escutando. Por vezes, inseguras com medo de falar besteira.
Os donos da razão. Os divergentes pontos de vista. Não sendo cabeça dura, ta bom.
Para os descolados, viajados, desprendidos, desapegados, criativos, bem vividos e humorados pode nem tudo estar perfeito - mas bem-vindos sejam, os que sabem entender o momento. E formam-se as rodinhas, as festinhas, reuniões. Seja em qual segmento for – a sociedade, a política, os valores, a amizade, os relacionamentos, o salário, por favor, seja educado.
Cada questão, uma visão. Cada individuo, um coração.
Nos que procuramos ser adequados, mas não desconjurados, nem caretas, ou over, vamos tentar ao menos, entender uns os outros. Seja paciente com as questões ambientais, o mapa do mundo, do céu e a cpi.
Podemos mudar as coisas a nossa volta, mas pessoas: não mudamos.
Somos o nosso próprio segredo. Nós somos a primeira pessoa do singular.
Eu sou livre. Você é livre. Ser livre é ser multimídia.
Seja uma contribuição fundamental.
Liberdade é a capacidade do homem contribuir para a sua própria evolução.
Comunique-se a sua volta.
Todos os dias você passa pelo porteiro, pela namorada, a amiga, o lixeiro, o chefe, o presidente, o estrangeiro, o motorista...
Sem esquecer da tecnologia, a descoberta cientifica, o medo, a musica, o renascimento, o nascimento, a antologia.
Animais racionais – metade razão, metade emoção.
E há quem descubra que é mais do que parece ser.
Pois nada é o que parece.
Para os criativos: novas idéias.
Para os pobres de espírito: coragem.
Para os milionários: menos egocentrismo.
Para os fracos: piedade.
Para os limitados: inquietude.
Para o ódio: morte
Para o amor: infinito.
Para o medo: fé
Para o momento: felicidade.
Para todos: Obra.

- Porque nada é nem de longe, o que parece ser- Escrito em 2003
Insensatez

Que coisa! Essa coisa de que jovem é jovem mesmo e só espera ser gente grande quando virar adulto.
Todas as coisas que passam pelas cabeças desses jovens loucos porque de louco todos temos um pouco.. e não preciso perguntar sua idade.
Ventos vêm ..ventos vão
É constante e mutante as variações de nossas loucas cabeças pensantes.
O que somos, o que fomos e o que vamos ser?
São coisas dependentes da inércia
Que nos mantém vivos em cúpulas de nossa mente, primaria, secundaria ou atuante.
Atuar em passos, lentos e ate compridos, comprimidos por tanto andar, nas andanças desse pé calejado e da pele seca, já de tanto suar...
Os mandamentos vêm e os que estão além,
Lêem na obscuridade tremenda
e zonzos de tanto pensar.
E porque pensar se estamos alentos ignorando ventos, sem saber onde pisar...
Ah loucos jovens estes, que procuram refrescar a mente
Infundindo vapor nas veias de tanto pirar?
Procuram o holocausto?
E quem disse que ele sabe dizer alguma coisa!
Quem disse que nos sabemos que coisa é essa!
Somos mais do que somos
E podemos pensar até mais do que pensamos...
Surtamos pois a atual refrescancia da memória quer evitar que os pés pisam no chão.
Não somos flutuantes, nem queremos ir até a lua
Dirigir uma nave espacial ou conversar com os etes.
Os extraterrestres somos nós que convivemos uns com os outros e sequer sabemos o que vamos falar...
Ascendam as luzes, holofotes! Sons.
Vamos ser generosos e formosos com as tais formosuras de se comunicar.
Palavras são gestos, sons emitidos, luz para se galantear.
Ainda que eu não dissesse nada, você saberia.
E se eu não dissesse tudo, você entenderia.
Pois que haja loucos jovens sábios mesmo com a luz apagada.
E que haja vãos sábios acesos de tanto resplandecer palavras.
Não seríamos assim, se não fossemos assim.
Não seriamos loucos se disséssemos sempre um sim.
Estar assim, é estar aqui.
E estando aqui, faremos do sim, um passo...
De um passo, uma oportunidade,
O começo, o meio, o fim.
Que fim?
Não temos fim.
Somos infinitos até que a sentença de morte nos tire o corpo.
Mas a alma fica.
E continuamos loucos, com a mente em sopro e o coração um tanto quanto doido...
Porque de louco, todos temos um pouco.

Poema de 2001 – ainda que eu não dissesse nada, você saberia. E se eu não dissesse tudo, você entenderia.
A gente as vezes "fode" ...

E então se apaixonou por duas, não acho que foram três ou quatro pessoas ao mesmo tempo...foi a memória que contou.
O jeito como a olhava, como a afoitou e a despiu. Vinha com os lábios por entre suas pernas, e vinha com as pernas entre as suas. De um jeito, que poucos homens os quais desejou peculiarmente só de olhar fazia... gestos sinuosos, boca de quem quer devorar e vinha com sede . Só o que pensava era como aquele homem podia lhe satisfazer tanto...e depois, fazia cara de sorriso, sorriso singelo que aos poucos ia se recuperando e tomando forma de boca em silencio novamente e de volta vinha aquela força que dava o suprimento de ser tão e ao mesmo tempo... amante, fraco, impiedoso, despudorado, insaciável figura humana de indisciplinar o mais que viesse a lhe resplandecer.
Entravam em seu mais profundo gemido e faziam-se silenciar. Enquanto ali estava como mulher, como sua puta, guerreira, selvagem e severa ao que lhe impunha certa insanidade sexual causada...
E depois disso, recompôs-se do sufoco de ser abandonada, que naquelas determinadas ocasiões não ocorreram, pois estavam cúmplices. Cultivavam o mesmo teto, as mesmas acordadas e dormidas por consecutivos dias próximos de terminar.
Longe de sua audácia eternizá-los. O que apelidava de único, era na verdade, um processo individualista percorrido a cada vez que dispunha, a sós, experimentar tão inimagináveis façanhas. E a irremediável participação convinha em conjunto ao desconhecido mundo dos penetrados e penetrantes naquele presente inquietante. Por diversas vezes, conectados da mais sublime e majestosa beleza, não percebiam sequer que estavam em perigo. A natureza divina, a malidicência enganosamente racional. Tino ao imediatismo, puro desfrute. Renegaram o explêndito. O descompasso da sinceridade que trazia `a tona profundas demagogias e apologias descomunais.
“Foder” requer resquícios, ainda que por um milagre.
Instantes insensatos e irreverentes `a condição humana de superficial juízo. Dor que não tem razão de perdurar. Sentido que aflora a imaginação que, livre não recua. Obedece ao rigoroso trato de pretensão do novo e a incessante e cara satisfação do porvir. Que já não se segura em abismos, que já não se cansa das contrariedades pendentes e faz-se vivida a razão de pretender-se insolente e incansavelmente: deuses do sexo. Não se fala em amor quando se obedece ao juízo. Toca-se singela e vulgarmente no órgão de toda a matéria prima da procriação humana, sem desejar cuidar precisamente do resumo da obra cumprida.
Um canal aberto, que por instantes, ou até horas, pode ser entrada e saída. A Saída é ocasião, casa cheia ou vazia. A entrada, profana, um gemido, um tranco, umidade, quentura.
Insinuar-se é dar-se por seduzida ou irremediavelmente despida, ainda que não visualmente. É papel da mente descontrolar insinuações pré-concebidas. E lutar com jogo ganho.
Mesmo falando com as estátuas, sabendo que elas pouco me ouvem ou quase nada.
O sentido me faz lembrar Nelson que de Rodrigues tem o Primo Basílio que eu queria que existisse, e virou peça do meu jogo de xadrez.

- procedente auditivo da "casa dos budas ditosos" - inspiração que corre solta.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Voz de narrador-
... Estar com os amigos causa sempre frisson. Amigos são formas de expressão. São espelhos do sorriso. São sofrimentos que passam. É brinde, é festa, é relembrar a diversão do dia anterior. É programar viagens juntos. É estar conhecendo sempre novas pessoas através desses mesmos amigos e também pelos novos possíveis amigos. É não estar sozinho. É estar em casa e em família. É estar desfrutando momentos simples e únicos. É estar submerso a uma atmosfera branca e rosa. É estar em meio a clicks, é querer sair de encontro ao mundo. É dar telefonemas engraçados e pertinentes, só pra chamar a atenção ou enviar positividade alheia. É brincar e dançar feitos bobos com ou sem fundo musical, na maior parte das vezes, com. É não escutar o telefone tocar porque todos querem falar ao mesmo tempo. É não ter vontade de abandonar o local onde estão pra não ter que trocar de vibe. É querer que qualquer presença adulta ou séria demais, “vaze” pra poder fazer e falar “merdas”. Relembrar os tombos, as risadas, as conquistas, as decepções amorosas, os delizes e saber que ainda somos solteiros, jovens, liberais, inteligentes, descolados, apaixonados por serem quem somos. Mente-abertas e pessoas interessantes. Desapegados das ironias do destino e protegidos de qualquer mal. Dispostos ao bem comum, intuição acentuada e um desejo inato de não parar nunca. De amar mais, de sonhar mais alto, de curtir aproveitando e de aproveitar curtindo. De responsabilidades e compromissos mas já com a volta programada pra nos reunirmos de novo. Nos Reconhecer uns nos outros, relembrar quem somos, ajudar um amigo a se encontrar. Rever os antigos. De perto, de longe; no mesmo teto ou do outro lado do mundo.
É não se perderem no meio do caminho porque um foi promovido, o outro estudar fora e ainda um outro, namorar, morar junto ou casar. É ser respeitado pelas opiniões, é estar aqui de coração aberto e lá com a saudade nos braços...
Trecho de "Casa pra Cinco" - título provisório de um suposto improviso
Vertente
como uma legitimidade, fora do alcance de uma vírgula que faça o intermédio entre o que digo e o pensar. Na maior parte das vezes os pensamentos soam mais rápidos que os dedos. Um gole de café na mão direita e um cigarro aceso na esquerda. Minhas mãos estão tomadas, impossivel digitar. Solto a xícara. Uma cadeira ao lado me incomoda a posição do braço. Um armário foi retirado do quarto porque estava podre. Ainda posso sentir o cheiro de mofo encalacrado. Jornais espalhados... nem todas as páginas, li. Veja, a super interessante e a simplificidade da vida. Observo a minha volta: Um frasco de perfume Mont Blanc, um creme hidradante da bath body works, um ventilador cor cinza pouco decorativo, uma estante coberta pela cortina, uma mala de couro marrom. A escadinha branca está numa posição que assim foi deixada e ninguém removeu. As roupas não mais estão seguras, neste quadrado que num outro tempo, foi um quarto com vida. Mas não vamos falar das depreciações. Ali tem um corpo e uma vida: usou a escada, retirou as roupas do ármario, colocou-as na mala marrom, retirou os livros da estante, escorregou o creme na pele, borrifou mont blanc, tomou um gole de café, apagou o cigarro. Veja, ela assina. Leu toda a super interessante e o artigo sobre a simplicidade da vida.